Uma nova pesquisa sugere que alguns quilos a mais pode afetar a percepção dos funcionários de uma empresa em relação a seu líder, isso porque as demandas inerentes a cargos de liderança podem ser bastante extenuantes e, assim, o aspecto físico realmente teria um peso importante. Os executivos com grandes circunferências abdominais ou alto índice de massa corporal (IMC) tendem a ser percebidos como menos eficientes no trabalho, tanto no desempenho profissional como nas relações interpessoais, de acordo com dados do Center for Creative Leadership, órgão sem fins lucrativos responsável pela pesquisa. Mesmo sendo um tabu no ambiente de trabalho, o peso corporal não passa despercebido. Um executivo obeso é considerado menos capaz porque assume-se que o excesso de peso pode afetar sua saúde e seu vigor físico. Isso é, praticamente, um estereótipo que ainda ronda a sociedade do mundo todo. A pesquisa detectou essa correlação após coletar centenas de análises de funcionários e resultados de exames dos executivo que participaram da pesquisa.
Interessante notar que muitos executivos mudaram seus hábitos após conhecerem o resultado da pesquisa, se engajando em programas de atividades físicas e/ou fazendo uma reeducação alimentar. Antigamente, um executivo era admirado pela devoção integral ao trabalho, mas agora eles começam a pensar mais em sua saúde. Só para citar duas empresas mundialmente conhecidas, o CEO do McDonald’s, Jim Cantalupo, sofreu um infarto 16 meses após assumir seu cargo. Seu sucessor, Charlie Bell, morreu menos de um ano depois de câncer, aos 44 anos. Em 1997 o presidente da Coca-Cola, Roberto Goizueta, morreu algumas semanas depois de ter sido diagnosticado com um câncer de pulmão.
A pesquisa controlou fatores como idade, raça, gênero, posição na empresa e aspectos da personalidade. Os resultados foram similares nos diversos segmentos de empresas, segundo os pesquisadores. Outro ponto interessante da pesquisa, que apesar de ter sido bem recebida pelos executivos foi questionado, é que eles acham difícil dizer se essa percepção dos funcionários é realmente por causa do peso corporal ou pela insegurança individual que eles projetam na posição que ocupam.
Sendo assim, um programa de exercícios voltado exclusivamente para executivos deveria ser baseado em uma estratégia de economia de tempo e de reeducação alimentar para garantir, além da melhora na saúde fisiológica, melhorias, também, no aspecto psicológico, refletidos tanto na percepção dos funcionários quanto na própria percepção que afeta a autoestima.