A prevalência de obesidade vem aumentando nos últimos anos também em adolescentes, o que demonstra a necessidade de medidas preventivas nesta fase para evitar suas complicações na vida adulta. No Brasil, 20,5% dos adolescentes estão com sobrepeso e 4,9% são obesos. Apesar da inexistência de dados objetivos nacionais sobre o balanço energético, um possível aumento na ingestão energética associado ao maior tempo que os jovens dedicam a atividades sedentárias nas últimas décadas pode ajudar a explicar a epidemia de obesidade no país.

Em passado recente, a medida do tempo assistindo à televisão era o marcador utilizado para caracterizar um estilo de vida sedentário, pelo fato de a TV ser onipresente, com pelo menos um aparelho na maioria das casas de família nos países desenvolvidos. A juventude mundial aderiu à televisão como passatempo dominante em momentos diferentes do dia. Com a explosão da popularidade do acesso à internet e como os adolescentes muitas
vezes se envolvem em diversas atividades simultaneamente, medidas mais abrangentes, além da simples medição do tempo assistindo à programação televisiva, tornaram-se necessárias para avaliar o comportamento sedentário diário deste grupo. Por isso, nos últimos anos, começaram a surgir análises sobre o tempo de tela, realizadas com base no tempo gasto em entretenimento com vários aparelhos, como televisão, computador ou videogame para representar o comportamento sedentário, na presunção de que este tempo estaria substituindo aquele destinado à prática de atividades fisicamente mais vigorosas e, desta forma, contribuindo para o aumento da obesidade. A premissa é que, quanto maior for o tempo de tela, menor será a prática de atividade física; consequentemente, maior será o ganho de peso e a prevalência de obesidade na infância. Dessa forma, o tempo de tela é importante para o entendimento do sedentarismo e a saúde dos adolescentes.

O artigo que aqui disponibilizamos, publicado no periódico Cadernos de Saúde Pública e de autoria do professor Marcelo Barros, avalia a inter-relação entre o estado nutricional e o tempo de tela em uma amostra de adolescentes matriculados na rede pública de uma cidade do Rio de Janeiro.

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